Manejo do ácaro rajado em viveiros clonais de eucalipto

O ácaro rajado, Tetranychus urticiae, tem se tornado, nos últimos anos, uma das principais pragas em viveiros clonais de eucalipto. A susceptibilidade à essa praga depende muito do material genético, embora praticamente todos os clones sofram o ataque desse ácaro. A rápida multiplicação desses ácaros, devido às condições ambientais favoráveis proporcionadas neste tipo de cultivo, acaba resultando em grandes populações em um curto espaço de tempo, o que pode levar a perdas na qualidade das mudas produzidas a partir desses jardins clonais.

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Ácaro rajado (Tetranychus urticiae).

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A susceptibilidade à essa praga depende muito do material genético.

Como estratégia para o manejo dessa praga em jardins clonais foram avaliadas duas espécies de ácaros predadores Neoseiulus californicus e Phytoseius macropilis, ambas comercializadas pela PROMIP com os produtos comerciais NEOMIP MAX e MACROMIP MAX, respectivamente. Para isso, inicialmente foi realizado uma amostragem da praga para definir qual o predador ideal e qual a dosagem correta para cada situação.

CONTROLE EFETIVO
DO ÁCARO RAJADO

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Para a amostragem do ácaro rajado, ao menos um folíolo por m² de canteiro deve ser inspecionado, procurando sempre aqueles com sintoma de ataque. A quantificação do ácaro rajado pode ser feita com a ajuda de uma lupa de bolso, de 20 vezes de aumento, e devem ser contados jovens e adultos, além dos ovos.

Em canteiros com baixas a médias infestações do ácaro rajado, com até 7 ácaros por folíolo, considerando o somatório de ovos, jovens e adultos, e sem formação de teia, é indicado o ácaro predador N. californicus na concentração de 100 predadores por m² de canteiro. A liberação desse predador, nessa dosagem, conseguiu abaixar a população da praga de 7 para 2 ácaros por folíolo em um período de três semanas, com estabelecimento do predador e recuperação do canteiro.

Em canteiros com altas infestações, mais de 7 ácaros pragas por folíolo e com início de formação de teias, chegando a pontos de até 30 ácaros rajados por folíolo, é indicado o predador P. macropilis. Nesse caso, a dosagem indicada é de 100 predadores por m². É importante mencionar que se trata de um predador específico do ácaro rajado. Nesses casos de altas infestações, é comum o aumento da população da praga na primeira semana, e o manejo cultural, utilizando jatos fortes de água para destruir as teias deve ser feito para auxiliar no controle, lembrando que as teias são os principais meios de dispersão dessa praga. Após a diminuição da população da praga e destruição das teias para níveis próximos a 10 ácaros por folíolo, é indicado uma liberação de N. californicus, na dosagem de 100 predadores por m² para garantir a eficácia do controle. Após 4 semanas, desde o início do manejo, a população caiu para cerca de 1,6 predadores por folíolo, com estabelecimento dos dois predadores.

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Manejo do ácaro rajado em viveiros clonais de eucalipto

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Em relação ao controle químico dessa praga, são poucos os produtos fitossanitários registrados para a cultura, o que torna difícil esse tipo de manejo, já que não é possível fazer uma boa rotação dos modos de ação para evitar a resistência da praga. Esses são os primeiros dados que demostram a eficácia de ácaros predadores em viveiros clonais de eucalipto.

Dessa forma, o manejo biológico pode ser integrado nesses cultivos devido às boas respostas obtidas mesmo em altas infestações.

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